sábado, 7 de dezembro de 2013

O testemunho dum homem bissexual criado por duas lésbicas.

Por Robert Oscar Lopez

Nem todas as crianças educadas por "pais" homossexuais são a favor do "casamento" homossexual. Eu sei do que estou a falar porque que eu fui uma dessas crianças.

Durante as argumentações orais em torno da Proposição 8, o Juiz Anthony Kennedy referiu-se às crianças criadas por pessoas do mesmo sexo. Uma vez que eu fui uma dessas crianças - entre os 2 e os 19 anos, eu fui criado pela minha mãe lésbica e pela sua parceira - eu fiquei curioso em saber o que ele diria. 

Para além disso, antecipei também o que ele diria uma vez que eu tinha corrido enormes riscos profissionais e sociais ao dar entrada a um sumário amicus com Doug Mainwaring (que é homossexual e contra o "casamento" homossexual), onde nós explicamos que as crianças sentem profundamente a perda dum pai ou duma mãe, independentemente do quanto que amemos os nossos "pais" homossexuais, ou do quanto eles nos amem. As crianças sentem a perda porque eles são incapazes de impedir a decisão de os colocar sem um pai ou sem uma mãe, e a ausência do pai ou da mãe muito provavelmente será irreversível para eles.

Durante o último ano estive em contacto com adultos que foram criados por duplas homossexuais. Eles estão aterrorizados de falar em público em torno dos seus sentimentos, e como tal - visto que sai do armário, digamos assim - vários pediram-me para ser a voz das suas preocupações. Eu não posso falar por todos as crianças de duplas homossexuais, mas posso falar por um certo número deles, especialmente por aqueles que foram marginalizados pela assim-chamada "pesquisa sociológica científica"  em torno da paternidade [sic] homossexual. Aqueles que entraram em contacto comigo professaram uma enorme gratidão e um grande amor pelas pessoas que os educaram, motivo pelo qual é tão difícil para eles expressarem publicamente as suas reservas em torno da paternidade [sic] homossexual.

Mesmo assim, eles descreveram as dificuldades emocionais que vieram do facto de lhes faltar um pai ou uma mãe. Para listar alguns exemplos: 1) eles sentiram-se desligados das dicas sexuais das pessoas à sua volta, 2) sentiram uma raiva intermitente pelo facto dos seus "pais" [ou "mães] lhes terem privado do/da pai/mãe biológico/biológica (em alguns casos, de ambos pais biológicos), 3) desejaram ter um exemplo do sexo oposto, 4) sentiram vergonha ou culpa por terem "pais" amorosos que os forçaram a uma vida de ausência dum progenitor do sexo oposto.

Eu já ouvi pediatras e psicólogos a falar do suposto "consenso" em torno da robustez da paternidade [sic] homossexual, mas este consenso é francamente falso. É suposto os pediatras garantirem que as crianças não adoecem e nem faltam às vacinações - não conheço alguém que ponha em causa a habilidade dos pais homossexuais [sic] de garantir estas necessidades básicas das crianças. Os psicólogos chegam-nos da mesma área que tinha o "consenso" de que o homossexualismo era uma doença mental. Nenhuma destas áreas está equipada para responder aos dilemas existenciais da remoção legal da paternidade ou da maternidade como princípio humano, o que é o significado da total "igualdade matrimonial".

Eu apoio as uniões civis homossexuais  (...) mas sempre resisti à ideia de que o governo deveria encorajar as duplas homossexuais a imaginar que as suas parcerias são indistinguíveis dos casamentos de verdade. Tal auto-definição para os homossexuais seria fundamentada numa mentira, e qualquer coisa fundamentada numa mentira fará ricochete.

As duplas homossexuais mais abastadas e mais bem sucedidas não serão capazes de fornecer a uma criança algo que o casal mais pobre e financeiramente em apuros pode fornecer: um pai e uma mãe. Havendo passado 40 anos imerso na comunidade homossexual, eu vi como essa realidade desperta a raiva e a recriminação maliciosa por parte das duplas homossexuais - que ficam tentados a maldizer os assim-chamados "casais disfuncionais" ou "casais sem valor", e afirmar que "Nós merecemos ter filhos mais do que eles!"

Mas eu estou aqui para dizer que "Não", e que ter um pai e uma mãe é um valor precioso no seu direito próprio, e não algo que pode ser apagado, mesmo que a comunidade homossexual tenha uma enorme quantidade de verbas, possa enviar a criança para as melhores escolas, e educá-la de modo a que ela possa ser uma "Eagle Scout".

É perturbadoramente classisista e elitista por parte dos homens homossexuais pensar que eles podem amar a sua [sic] criança sem qualquer tipo de reserva depois de terem tratado a mãe-de-aluguer como uma incubadora, e por parte das lésbicas por pensarem que elas podem amar a criança incondicionalmente depois de terem tratado o doador de esperma como uma embalagem de pasta de dentes.

É também algo racista e condescendente por parte das duplas homossexuais pensar que elas podem fazer braço-de-ferro com os centros de adopção de modo a que estes lhes possam dar crianças órfãs depois dos homossexuais exibirem poder financeiro ou poder político. 

Um órfão da Ásia ou da baixa duma cidade foi entregue às autoridades de adopção de modo a que estas possam tomar a melhor decisão para a vida da criança e não para satisfazer uma exigência de mercado feita por homossexuais que querem crianças. Qualquer que tenha sido o trauma que causou a que as crianças passassem ser órfãs, esse trauma não pode ser aumentado entregando-lhes ao stress que é ser adoptado por uma dupla homossexual.

Finalmente, é prejudicial para todos se os homens homossexuais e as lésbicas dentro de casamentos com orientações sexuais mistas dão início ao processo de divórcio de modo a que possam dar início a um emparelhamento homossexual e educar as suas crianças com um novo parceiro homossexual, ao mesmo tempo que colocam de lado o parente biológico. Normalmente, as crianças querem que os pais parem de discutir, que coloquem de lado as suas diferenças, e que fiquem juntos - mesmo que um deles seja homossexual.

No meu caso familiar, a minha mãe era divorciada e, dadas as nossas circunstâncias, ela tomou a melhor decisão. Se por acaso ela tivesse premeditado criar uma família paternal homossexual [sic], eu provavelmente não me sentiria em paz com a sua memória visto que saberia que a minha falta por uma figura paternal forte durante a minha infância não era o resultado dum acidente na história da vida, mas sim do seu descuidado desejo de querer tudo. Sou abençoado por não ter que batalhar com tal pensamento traumático em relação à minha mãe. Amo-a porque eu sei que ela fez o possível para me dar uma boa vida.

Mesmo assim, aquilo que era o melhor, segundo as nossas circunstâncias, nada mais era que um estado de deprivação que é inconsciente forçar a uma criança inocente, se não for absolutamente necessário. O Juiz Kennedy aludiu à visão de crianças a serem adoptadas por duplas homossexuais como se os nossos desejos e as nossas preocupações fossem os mesmos e as mesmas das decisões tomadas pelos nossos pais [sic]. A realidade é mais complicada que isso.

Colocando de lado todas as analogias históricas com os movimentos civis e as platitudes sentimentais em torno do amor, o facto é que a paternidade homossexual [sic] sofre de problemas insuperáveis pelos quais as crianças pagam o preço por toda a sua vida.

Quer seja através das mães-de-aluguer, inseminação, divórcio ou adopção comercializada, os problemas morais abundam dentro das duplas homossexuais que insistem em replicar o modelo heterossexual da paternidade. As crianças lançadas para o interior destas dificuldades morais estão bem cientes do papel dos pais [sic] na criação da sua vida stressante e complicada, o que os deixa de lado de tradições tais como o Dia do Pai e o Dia da Mãe, e os coloca numa posição pouco invenjável de serem chamados de "homofóbicos" se eles simplesmente sofrem o stress natural criado pelos "pais" - e o admitem publicamente.

O casamento [sic] homossexual não seria problemático para mim se isso fosse apenas uma forma de duas pessoas estarem juntas. Como bissexual, eu entendo isso. Infelizmente, o movimento lgbt decidiu que a sua validação aos olhos dos outros depende duma redefinição do "casamento" de modo a incluir as parcerias homossexuais.

E eis-nos aqui, presos numa onda que encoraja vidas problemáticas para as crianças como forma de afirmar as duplas homossexuais, tal como o movimento [homossexual] exige. É por isso que eu sou a favor das uniões civis mas contra a redefinição do casamento. Mas a minha opinião não conta - eu não sou um juiz, nem médico, nem comentador televisivo, mas apenas e só uma criança que teve que limpar o lixo deixado para trás pela revolução sexual.


* * * * * * *

A tragédia do movimento homossexual é mesmo o seu foco ideológica na destruição da familiar. Quem sofre com isso são as crianças mas os activistas lgbt não levam isso em conta.

As palavras de Robert Lopez voltam a demonstrar o porquê de ser importante fazer uma distinção entre o movimento lgbt (que é um movimento político em nada relacionado  com os desejos dos homossexuais) e o homossexual comum (ou bissexual, no caso de Lopez). O movimento lgbt é um movimento opressor e ditador que não respeita opiniões alheias - mesmo que essas opiniões sejam feitas por pessoas que viveram o estilo de vida que este movimento diz ser "normal" - enquanto que o homossexual é um homem ou mulher com um gosto sexual auto-destrutivo.

A guerra entre o movimento lgbt e os não-simpatizantes com as suas ideias não é entre pessoas que querem ser livres para satisfazer os seus gostos sexuais e outros que querem controlar o que adultos fazem na sua privacidade, mas sim entre um grupo militante que quer destruir uma das estruturas sociais mais importante da civilização Ocidental, e aqueles que sabem que a destruição do casamento (1 homem + 1 mulher), através da sua "redefinição", significa o caos social (que é precisamente o que os financiadores do movimento lgbt desejam que ocorra). 

Uma das evidências de que o movimento lgbt não representa os homossexuais é precisamente a censura que esse movimento faz aos homossexuais que não se alinham com a sua agenda politica esquerdista. Como já afirmaram alguns homossexuais Republicanos Americanos, e como consequência das críticas do activistas lgbt, é mais difícil ser um Republicano homossexual do que o homossexual no armário.

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