segunda-feira, 30 de junho de 2014

Os livros eram fachada para a pornografia - Parte 5

Esta é a parte 5 do artigo iniciado aqui.

Noutra ocasião, enquanto eu me queixava das minhas desilusões a uma amiga lésbica, ela fez uma confissão espantosa. Ela tinha um filho adolescente que, até essa altura, não tinha exibido interesse sexual por nenhum dos sexos. Ela sabia que como lésbica não se importaria com qualquer que fosse o caminho que ele escolhesse. Mas ela confessou-me que ela importava-se sim com o caminho que ele viesse a escolher. Baseando-se nas vidas dos amigos homossexuais que ela conhecia, ela dava por ela a orar secretamente para que o seu filho viesse a ser heterossexual. Como mãe, ela não queria que o seu filho vivesse o estilo de vida homossexual.

Uma definição de insanidade é continuar a fazer as mesmas coisas vez após vez, esperando obter algum tipo de resultado diferente. Foi isso que aconteceu comigo durante o período em que batalhava para me tornar num homossexual feliz. Eu era lunático. Por várias vezes eu busquei aconselhamento junto de homens homossexuais que pareciam melhor ajustados que eu. Primeiro, eu queria confirmação de que as minhas percepções estavam certas e de que a vida dos homens homossexuais realmente era tão horrível como parecia ser. Depois eu queria saber o que é que eu poderia fazer em relação a isso. Quando é que as coisas melhorariam? O que é que eu poderia fazer para melhorar as coisas?

Obtive dois tipos de reacções a estas questões, e ambas deixaram-me magoado e confuso. A primeira reacção foi a negação, normalmente negação amarga, em relação ao que eu estava a sugerir. Foi-me dito que havia algo de errado comigo, que a maior parte dos homossexuais estavam a viver duma forma maravilhosa, que eu estava a generalizar com base na minha própria experiência (com base em que experiências é que eu deveria generalizar?), e que eu me deveria calar e parar de perturbar os outros com a minha "homofobia internalizada".

Quando eu era um estudante de pós-graduação, comecei a visitar um conselheiro. Matt (nome falso) era um homem casado e feliz, com flhos em idade universitária. Tudo o que ele sabia do homossexualismo havia sido aprendido com outros membros da sua profissão, que o haviam assegurado que o homossexualismo não era doença mental e que não havia motivos para que os homossexuais não tivessem vidas vidas felizes e produtivas. Quando eu lhe comecei falar do mal que me apoquentava, Matt disse que eu nunca havia verdadeiramente saído do armário. (Até hoje, eu não faço ideia do que é que ele estava a falar, mas suspeito que era algo do tipo "uma vez salvo, sempre salvo" que os Baptistas usam para responder aos que se afastam da fé, dizendo-lhes que eles nunca haviam sido realmente salvos.)

Matt disse-me que eu precisava de voltar atrás, voltar a tentar, e continuar a procurar as experiências positivas que ele estava seguro existirem, segurança essa fundamentada   em nada mais que as decisões da "American Psychiatric Association". Ele quase que não tinha experiência com homossexuais, mas os seus colegas garantiram-no que a secção de livros da livraria Lobo era a verdadeira iamgem da vida dos homossexuais. Eu sabia que ele não fazia ideia nenhuma do que falava, mas mesmo assim eu quis acreditar que ele estava certo.

O Matt e eu desenvolvemos uma relação terapêutica, e durante o ano que passamos juntos, ele aprendeu mais comigo do que eu com ele. Tentei seguir o seu conselho. Por essa altura eu partilhava a casa com outro aluno pós-graduação que se encontrava no processo de sair do armário e a experimentar as suas próprias desilusões. Uma vez que eu havia sido o seu único amigo homossexual, e o havia encorajado a sair do armário, a sua amargura foi dirigida a mim, e o nosso relacionamento sofreu devido a isso.

Entretanto, desenvolvi uma amizade com um membro do corpo docente que era abertamente homossexual. Quando eu disse isto ao Matt, ele ficou extático, e pensou que eu estava finalmente a sair do armário como deveria ser. O membro do corpo docente era o tipo de amigo que eu precisava, mas, como fiquei a saber mais tarde, e apesar da sua imaculada fachada profissional, ele era um homem profundamente perturbado que fazia todos os seus amigos passar por um inferno emocional, algo que, obviamente, eu partilhei com um silencioso e chocado Matt. (Tentei ter encontros amorosos, mas, como era normal, tive as mesmas experiências que caracterizavam os meus relacionamentos homossexuais.A amizade durou o mesmo tempo que durou a excitação sexual. Mal esta última esfriou, o interesse do meu parceiro por mim como pessoa dissipou-se.)

Foi um bom ano. No final do mesmo, lembro-me de ver o Matt a olhar para mim, com olhos vidrados, e com um olhar de quem está em estado de choque, e a admitir:

Sabes duma coisa? Ser homossexual é muito mais difícil do que eu pensava

Nem todas as pessoas com quem eu falei através dos anos rejeitaram à partida o que eu tinha para lhes dizer. Certa vez correspondi-me com um Inglês ex-Domincano. Eu estava extático por ficar a saber que ele era homossexual, e que eventualmente ele foi expulso da sua ordem por se recusar a manter no armário. Ele incluiu a sua morada num do seus livros, e eu escrevi-lhe, querendo saber se as suas experiências de vida como homossexual eram significativamente diferentes das minhas. Presumi que deveriam ser, visto que ele havia escrito alguns livros apaixonantes defendendo o direito dos homossexuais terem o seu lugar na Igreja.

A sua resposta foi um dos últimos pregos da minha vida como homossexual. Para surpresa minha, ele admitiu que as suas experiências não eram de todo distintas das minhas. Tudo o que ele poderia dizer era que eu continuasse a tentar que eventualmente as coisas iriam funcionar. Dito de outra forma, este homem brilhante, cujos livros haviam significado muito para mim, não tinha nada mais para sugerir para além de me dizer para continuar a fazer as mesmas coisas esperando um resultado diferente. Só havia uma conclusão razoável: eu seria louco se eu seguisse o seu conselho.

Demorei 20 anos, mas cheguei finalmente à conclusão de que não queria ser louco.

Então, onde é que me encontro hoje? Estou a frequentar uma paróquia militantemente ortodoxa em Houston, e ela é uma das dádivas mais espectaculares da minha vida. O meu melhor amigo, o Mark (nome falso), é, tal como eu, um refugiado do manicómio homossexual. Ele é também um crente fervoroso, embora seja Presbiteriano (ninguém é perfeito). Com o Mark aprendi que é possível dois homens amarem-se mutuamente de um modo profundo mantendo sempre as suas roupas.

É-nos dito que a Igreja opõe-se ao amor entre pessoas do mesmo sexo, mas isto é falso. A Igreja é contra o sexo homogenital, que segundo a minha experiência, não se centra no amor, mas na obsessão e numa compensação resultante duma masculinidade comprometida.

Não sinto orgulho da vida que levei. De facto, sinto-me profundamente envergonhado com ela. Mas se ler estas palavras impedirem que um homem ingénuo e crédulo faça os mesmos erros que eu fiz, então com a assistência da Nossa Senhora de Guadalupe, de São José, o seu esposo casto, do meu santo padroeiro Edmund Campion, de São Josémaria Escrivá, dos abençoados mártires Carmelitas de Compiégne; e, por fim, do meu guia e mentor sobrenatural, o Venerável John Henry Newman, eu posso pelo menos esperar a prorrogação de alguns dos muitos séculos de Purgatório que me aguardam.

Dito isto, o que é que nós como Igreja e como cultura temos que fazer? Destruir a fachada respeitável e revelar a pornografia que se encontra por trás dela. Começar a pressionar os homossexuais de modo a que eles digam a verdade sobre as suas vidas. Parar de debater a interpretação correcta de Génesis 19. Deixar os homens de Sodoma e Gomorra enterrados no enxofre que eles merecem. Actualmente, Sodoma encontra-se escondida à vista de todos.

Por uma vez, quando  preparava uma palestra sobre o Cardeal Newman, resumi o seu clássico "Essay on the Development of Christian Doctrine" desta forma: a Verdade amadurece, o erro apodrece. O movimento dos pelos direitos dos homossexuais está podre até o seu centro. Ele não tem futuro e nem há vida nele. Mais cedo ou mais tarde aqueles que foram apanhados por ele irão acordar do sonho do desejo desenfreado ou morrer. A pergunta é: quanto tempo? Quantas crianças serão sacrificadas a este Moloque?

Até há alguns anos atrás havia também uma livraria Lobo em Houston. Sem surpresa alguma, o seu layout era idêntico ao layout da livraria em Austin, e ela encontrava-se a apenas alguns quarteirões do posto de gasolina onde eu levo o meu carro para assistência. Recentemente, estava eu a andar pela vizinhança enquanto os pneus do meu carro estavam a ser rodados quando reparei numa coisa: havia um cadeado no porta da livraria Lobo, e um sinal lá colocado dizia:

O inquilino anterior foi despejado por falta de pagamento da renda.

Os livros e a pornografia, a fachada e tudo o que ela esconde, desapareceram. Glória a Deus.

---Ronald G. Lee é um bibliotecário em Texas.

Fonte: http://bit.ly/1ueSg9N


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